estão todos histéricos e suados
gritam dançam e resmungam coisas do passado
anotam de batom na cara dos otários o quanto eles são uns otários
depois lambem a bagunça toda com amor e deboche
um cheiro vulgar de boca de fumo nas baforadas sensuais
as bocas tortas e moles se beijam deixando os dentes pra fora
como caretas ou máscaras do inferno
estão no cabaré do fim do mundo
nas mesas drogas, comidas, bebidas, armas, crueldade e babaquices
morrer jovem na violência parece bem adequado
enquanto nos buracos livros são batizados como escudos contra o apocalipse
sorrindo para o céu, brilhando de confiança na salvação, eles cantam de mãos dadas
agora os loucos todos saem do armário
a terra treme
a caverna da fé pensa que são os passos bêbados do cabaré
e se eles se encontrarem? a terra acalma?
é impossível esperar a morte sem temer
fracos!
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