quinta-feira, 30 de maio de 2013

pelas tantas apontou com o bico do chapéu para o meu nariz, como se quisesse me ferir ou desafiar no escuro eu ouvi uma palavra torta que trazia de volta o olhar para fora, foi aí que te vi por trás e além. não aguentando o tamanho das coisas eu pensei em flutuar e quem sabe chegar até a lua, redonda brilhante e plena que figurava no quadrado da sua janela aberta, se o vento tinha um caminho porque então não veio levantar o meu vestido e esse frio só para não perdoar os que amam demais e inventam histórias, a vida é normal. as pessoas é que são problemáticas e entediadas inventam bobagens. se pudéssemos substituir toda a complexidade, andar nú, comer capim, não seríamos animais e artistas. quanto mais bagagem mais chance de entulhar a sala da sua casa com souvenirs e sua cabeça com chapéus de ponta. os doentes e doendes que moram com vc todos sabem onde encontrar uma manta verde e mágica, vc se enrola e flutua até a lua se quiser, não precisa levar com vc nada além da chave de casa, uma hora vc não cabe mais no quadrado da janela. vc come o vento e o mundo, os olhos, as pessoas e os animais, tudo oq ue vc faz eh comer ou fazer alguma coisa do mundo morrer em você, como um buraco negro vc flutua sobre a cidade de noite engolindo objetos e desejos, vc engorda da felicidade e da raiva dos outros. indigesta é a manhã seguinte, onde vc procura entre outras coisas comer ainda mais e bebidas como antídoto. se vacina, amigo, de amor e calma. a vida é normal. fica três horas no banho quente e deixa queimar sua pele, tirar da carne o cheiro do pecado, o pecado é normal, mas não durma duas noites seguidas com ele, senão nunca mais se separam, deixe ele virar só uma sombra que te acompanha mas não te representa. as coisas são simples, preto no branco, papel molhado se desfaz, coração quebrado não se cola mais e assim vc vai, encontra um diversão, um chocolate, um livro bom, um filme, seus amigos. pelas tantas e pelas tabelas, fuipercebendo que era ali no parapeito daquela janela que ia me livrar de certas sombras, coisas que dormiram comigo por muitas noites e que me amaram, eu tentei cruzar o caminho do vento me desviando de vc para que junto dele eu fosse pra longe desaparecendo e desfazendo o papel molhado que vc não enxugou eu fui ao parapeito pedir ao vento, entre nomeu vestido e tire de mim tudo o que quiser pq o que sobrar já é lucro, já que estamos aqui, eu vc e essa lua. livrai-me de ti! ó!

Um comentário:

Anônimo disse...

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