sem saber pra que lado ir, atravessando as ruas sem destino furando o espaço de quem sabe melhor o que fazer com as pernas, as histórias possíveis me transtornam. sinto o prazer e a dor de estar na condição da liberdade total. o ônibus é bonito. que criança engraçada! a infância relembrada e ainda desejada e a simplicidade de respirar e andar devagar, observando detalhes tão bobos, uma flor de cor violeta no chão. o ímpeto de transbordar a liberdade nos gestos me atordoa, não quero deixar de ser gente e sei que não sou a única, mas todos juntos esperam que sentemos à mesa e comamos enquanto a tv despeja discursos violentos, informações absurdas. enquanto comemos comentamos, a vida dos outros e o silêncio constrange, que pena que o silêncio constrange, queria ficar ao seu lado respirando com calma o seu perfume sem nenhuma palavra por falar. dizer, eu digo quando te olho, mas não me vê, então é no silêncio e no escuro que mora o meu amor por vc.
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