meu sono dessa última noite parecia uma sessão da Maratona Odeon, com direito a muitos curtas, surpresas e overdose de cenas das mais fantásticas. em vários formatos e matrizes, atrizes, narizes, em cheiros, em preto e branco, enfim... o mais emocionante foi o filme em que eu encontro uma máquina de escrever antiga, uma olivetti preta, ou foi um caderno com folhas escuras de velhice? forço a memória e agora não tenho certeza, mas o caderno teria a capa marrom e as folhas quebradiças nas pontas, pois mesmo ainda não escritas mãos as tocaram uma vez procurando palavras e deixaram ali uma umidade ressecada. eu então ali, no sonho, diante do caderno ou da máquina começo a escrever uma história que não é minha. invento fatos mirabolantes e entre as minhas linhas de sangue quente tudo passa a correr mais rápido! mas é tão rápido que eu nem posso saber agora sobre o que era a história, só tenho clara a sensação. sentia muito prazer por ter voltado a escrever quando acordei assustada. foi o barulho do cortador de grama. um barulho de motor violento. um corte violento.
Um comentário:
e aquele primeiro texto, o desencadeador de tudo? aquele que vc me disse, diante das águas da minha quase ilha predileta? tem aqui? curiosa de ver. bjm:)
Postar um comentário