domingo, 29 de novembro de 2009

estalo os dedos, agora pego o que imaginei no ar antes de cair e quebrar, ai! não consegui! foi por pouco, é que vc disse alguma coisa que me desconcentrou. uma daquelas frases que se diz como se fosse uma coisa boba mas que tem um leve sabor de vingança e que eu não amorteço. enfim, se espatifou em milhares de pedaços. a vassoura da bruxa má que me tornei ainda tenta trabalhar de forma que possa juntar as partículas do meu maior desejo espalhadas no chão do abismo. até ele tem fim, tem chão e gravidade é o que nunca faltará em tudo na vida. como um gozo interrompido por algo como a morte eu vejo o amor se despedindo precoce.
nem acredito,
nem acredito,
a quem daria esse crédito? a quem de nós?
nesse término

2 comentários:

colina coralina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
colina coralina disse...

paula! achei incrível vc dizer do chão do abismo, que até ele tem fim. é tão concreto, dá uma sensação de segurar a gente, como quem diz: vai com calma. bom, pra mim me pareceu como se estivesse indo e alguém me segurasse, como a razão amenizando num surto de insensatez.

lindíssimo isso do amor se despedindo precoce. é sempre um luto sim, de morte.

que delícia seus textos. gosto demais!! por isso já é rotina vir aqui. vai enjoar de mim. beijos!!