ando correndo pelas ruas
ando sem pressa de chegar
ando é com medo de ficar
(sozinha, velha, presa, gorda, esquecida, machucada, triste, pirada) - esse é o meu pensamento melancólico
medo de cruzar com gente má
coragem pra olhar no olho e desarmar
com a cara fechada
e os dentes trincados
seguro o guara-chuva como um porrete
dou passos largos
invento logo um cacoete
ando como um macho
do peito estufado
e bigode suado
intimido o inimigo
que inveja do Rio Antigo, heim meu amigo Chico?!
domingo, 31 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
agradecimento
Hoje quero lembrar de todos que me fazem feliz, são tantos nomes, tantos rostos, pessoas tão diferentes de tantos cantos que estão sempre presentes. tantos mares, marés, gente da França, meus pais, meu pai herói, minha mãe rainha, minha família, irmãos de sangue, de fé, de luta, de consideração, tem até uma gêmea univitelina da cor do pecado, ah outra gêmea, mas essa é a Tieta do Agreste e eu a Gabriela Cravo e Canela da canela grossa, gente de Minas, São Paulo, Bahia, gente do Leblon, uma dona estilosa bem conhecida por lá. Cleópatra, rainha de São Gonça. Boliviano, Catunga, Magalhães, Peu que é da Bahia, de Minas, do Rio e agora do mundo. Brasília tá dominando o coração. Todos os donos dos anéis de sorte. Meus carmas, aqueles chatos que amo aturar. Coisudas. As eternas absurdas. Atibaia. Bragança. Paquetá. Belas, as mais misteriosas feras. Primas lindas. Titia Luiza, amigos da música, do delírio, como Chico e Bia. Rafas. Joaninnha, Teen e a irmã morena chamada Raquel. Tenho saudade de Vanessa, Roberta, da Roberta. Adoro os novos Linnda e Vito sem R, com violão e também senhor dos anéis. São tantos, não quero parar! Os mestres que eu amo mais do que me amam, WLJ, AM... Aquele doido que mora com aquela doida. Todos aqueles que não me esqueceram, aqueles que eu não esqueço e com quem não me aborreço. Tem italiano, tem um macaquinho de Porto Alegre, tem é gente! Tem vizinho, vizinha, tem criancinha. Os mais velhos, minhas pedras fundamentais. Aqueles que mesmo no silêncio e na ausência dessa vida continuam me construindo. Tem dois Animais. Os amores, alguns. O povo todo que entrou em cena comigo e me transformou, por isso inesquecíveis e gente muito boa. Amigos geniais, Valentes, amigos Melados, amigos dos amigos, chegados, cunhados. Leo, o mensageiro da paz. Os companheiros de blog. Geral do Rio, gente do teatro, do grafitti, da praia, do circo, da Lapa, da Barra, Tijuca, Laranjeiras. Tanta coisa boa, tanto amor, tanta vontade de fazer essas pessoas felizes também!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
força e equilíbrio, ninguém sustenda por muito tempo, é preciso um dia de sol dentro de casa, sem ventilar
gritar
espernear
como criança que quer doce, sem essa de cantarolar, ouvindo um rock pesadão, bater cabeça e os pés no chão com o corpo totalmente inerte, sem culpa, sem notar o tempo, fingindo que se diverte, vamos deixar a criança brincar
de caverna , de mexer com fogo e mijar na cama, tenho uma amiga bem assim
eu achava ela meio down, nada a ver
no verão os sorrisos são mais soltos
os dias mais compridos
os homens mais bobos
não combina com rock
nem com bebida mais forte
ontem me disseram que a cerveja cura
não funcionou
gritar
espernear
como criança que quer doce, sem essa de cantarolar, ouvindo um rock pesadão, bater cabeça e os pés no chão com o corpo totalmente inerte, sem culpa, sem notar o tempo, fingindo que se diverte, vamos deixar a criança brincar
de caverna , de mexer com fogo e mijar na cama, tenho uma amiga bem assim
eu achava ela meio down, nada a ver
no verão os sorrisos são mais soltos
os dias mais compridos
os homens mais bobos
não combina com rock
nem com bebida mais forte
ontem me disseram que a cerveja cura
não funcionou
o dia lá fora, bonito
o som do sax perfura ainda mais aqui
alguma coisa não me deixa sair
a gente toda da rua
aqueles dois parados ali
não é da janela que vejo
eu sei
pra quem quero dizer isso?
não sei
fora todos os outros, eu aqui
escrevo
romance esquartejado
fatos não tão isolados, desorganizados
elaborando algo possível do caos
cacos
pra mim
de novo
entendo os gordos
entendo os magros demais
alguma coisa está fora da ordem
aqui nessa cidade
fora, fora, fora
medo da insanidade?
o som do sax perfura ainda mais aqui
alguma coisa não me deixa sair
a gente toda da rua
aqueles dois parados ali
não é da janela que vejo
eu sei
pra quem quero dizer isso?
não sei
fora todos os outros, eu aqui
escrevo
romance esquartejado
fatos não tão isolados, desorganizados
elaborando algo possível do caos
cacos
pra mim
de novo
entendo os gordos
entendo os magros demais
alguma coisa está fora da ordem
aqui nessa cidade
fora, fora, fora
medo da insanidade?
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
luar
eu azul da lua, quente do verão e só. de pé com os olhos brilhando paquero as estrelas e converso com o infinito. escuto uma melodia de longe tocada por um anjo. lembro do meu amor e corro para seus braços, já ocupados. ele é o anjo que toca pra mim o luar. sorrio como criança de novo acreditando que tudo nessa vida vai dar certo. entendo a felicidade como a mais simples forma de vida. também choro porque sei que a noite acaba. acabou e eu tive que atravessar o rio, pegar estrada e voar até um lugar onde as nuvens estão mais pesadas. agora forço a vista e procuro aquela claridade a todo instante. aqui me dói quando escurece demais. cansa o fôlego não ter o que é tão simples. vou lá fora algumas vezes olhar o céu, contar estrelas, inventar desenhos de nuvens. vou longe, vou tentar chegar até meu anjo guiada pela luz da lua que brilha aqui também. é só olhar pra cima, abrir os braços e não sentir a falta dos seus, pois o vento da noite de verão aquece. é só olhar com os olhos fechados, lembrar da melodia, dançar com as nuvens, piscar paras as estrelas, fantasiar um pouquinho... e esperar mais um tanto...
Assinar:
Postagens (Atom)