de todos os vestidos daquele salão
queria o de tecido com cor de céu nublado
braços e pernas longas, rosto firme
sem linhas de expressão
tão branca a estátua da mulher desejada, muda
invejei aquela morte no holofote
e se a deixo nua?
e se começa a andar e falar?
eu grito de pavor e morro também só de pensar
de esqueleto, graciosa a pose, de gesso
arrisco um olhar mais próximo
e me descubro tão parecida
na atitude plácida, na rigidez
acordei com o estalo do espelho quebrando minha estupidez
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