segunda-feira, 16 de março de 2009

são os raios malditos do sol daquela illha, os absurdos aos quais nos acostumamos, os eletrochoques, os falsos anestésicos da alma, ...... encontrei nesse escrito raro do Artaud mais uma forma de pedir que não me façam dormir demais:


"
Você vai embora
diz a imunda intimidade do Bardo,
e você continua aí.

você não está mais aí
mas nada te abandona
você conservou tudo
exceto a si mesmo

e que lhe importa se
o munddo
está aí.

O
mundo
não é mais eu.
E que importa isso
diz o Bardo,
sou eu.
"

Bardo: Artaud se refere ao Bardo Todol, livro tibetano dos mortos. Bardo seria algo como um estado intermediário entre o falecimento e a transmigração ou a saída do ciclo cármico, ou seja, um estado ao mesmo tempo de latência e morte - nota do livro Escritos de Antonin Artaud, seleção e notas de Claudio Willer, da coleção Rebeldes Malditos.

Um comentário:

A autora. disse...

Nossa...ultimamente não tô podendo ler essas coisas...
Tô na merda legal...queria um remédio que me fizesse dormir por uns 10 anos...vc tem um aí?